sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Hora da Pipoca: 3%

Oláaaaaa terráqueos, tudo bem? Espero que sim! Antes de tudo, devo as minhas sinceras desculpas por  passar tanto tempo sem postar nada e sem dar notícias. Mas amo esse blog e adoro escrever para vocês, então não se preocupem que mesmo com a demora e dias (talvez meses) sem escrever, eu estarei postando novamente sobre alguma coisa logo logo. E hoje trouxe a indicação de uma série maravilhosa que andei assistindo nos últimos dias, espero que gostem da minha crítica de 3%, a nova série brasileira comprada pela Netflix.  AAAAAaaAAA que saudades de escrever♥
É isso mesmo, uma série nacional está no catálogo de séries originais da Netflix!♥

A série se passa em um mundo distópico onde a maioria da sociedade vive em condições precárias no chamado Continente, sobrevivendo ao caos de constantes violências e a escassez de água e comida. A única maneira de sair dessa situação é enfrentando aos 20 anos o sistema seletivo - e cruel - Processo

O Processo conta com uma série de provas e testes que testam as aptidões e resistência dos participantes, sendo responsável por selecionar apenas 3% dessa sociedade que vive em miséria para o desejado Mar Alto, local onde a paz reina, os recursos são fartos e a vida é digna. 

Entretanto, A Causa, um grupo revolucionário do Continente, deseja derrubar essa organização desigual estabelecida na sociedade.

Já no primeiro episódio de 3%, "Cubos", adentramos a sociedade injusta e o sistema desigual que é o âmbito da série. 

O elenco é razoável, a atuação deixa a desejar de alguns personagens, dentre eles uma das protagonistas, Michele (interpretada por Bianca Comparato), que é uma das personagens mais sonsas que vi em todas séries assistidas até hoje. Não sei se era a intenção do diretor quanto a personalidade carregada por Michele, mas se odiá-la e desejar a todo episódio novo que ela morra foi sua ideia, ele severamente cumpriu sua tarefa. O mesmo não posso dizer de Joana (interpretada Vaneza Oliveira), que é amada por maioria dos espectadores da série, onde representa o Brasil de raiz: é empoderada e não leva desaforo para casa. DONA DA PORRA TODA!!! Outra atuação que merece grande méritos é o da Mel F., que nos entrega uma das cenas mais emocionantes dos 8 episódios.

Por se tratar de uma distopia o enredo deixa de ser original, mas não deixa de ser bom. Temos em 3% claros traços e referências a filmes contemporâneos que estamos cansados de ver, "Jogos Vorazes" e "Divergente" é um deles. Além de livros com a temática como "Admirável Mundo Novo" e "1984". Mas a ideia é genial quando encaixada em um contexto brasileiro, com constantes marcas do Brasil durante os episódios. Uma delas é o uso do pau-de-arara, instrumento popularmente usado na Ditadura Militar aqui no nosso país. E usar artimanhas como essas foi para mim um dos pontos fortes da série.

As provas enfrentadas pelos participantes do Processo, são outro ponto forte da série, pois o modo como mudam de tom de um teste a outro são incríveis. Mas não vou falar muito sobre elas porque acabará perdendo a graça para quem ainda irá assistir. Devo apenas dizer que o dinamismo e câmeras trabalham para construir cenas intrigantes e uma tensão gostosa do começo ao fim.

Já o trabalho de fotografia da série é o que mais me incomoda, tendo em vista o financeiro da série ser da Netflix, eu esperava mais verba na fotografia da trama como nas outras séries desenvolvidas pela queridinha Netflix, mas as de 3% são uma vergonha. Sério, eu odiava os relances de câmera mostrando o prédio Processo de cima com o "paraíso" pós apocalíptico desértico. 

A trilha sonora é uma das coisas que me fez amar essa série, as músicas que tocam em algumas cenas foram delicadamente selecionadas. Há um nuance entre a trilha sonora a cada corte de câmera que valem pelo episódio todo. Uma das minhas favoritas é a do episódio 5: Água que é meu episódio favorito da série.

Por fim, 3% é uma série maravilhosa que deve ser orgulho de todos brasileiros que não acreditam no potencial cinematográfico do seu país. Conta com atuações boas, enredo consistente e algo que jamais vimos e esperávamos ver no âmbito desenvolvido. Mas falta a Netflix apostar no crescimento da série e trazer uma segunda temporada corrigida de todos os erros cometidos na primeira.

Nota 8/10: 

Um comentário:

  1. Oie!
    bom, estou assistindo essa série. Inicialmente eu não coloquei fé, achei que era pura "puxa-saquismo",mas estava enganada. Essa serie me agradou e está me agradando demais. Apesar de ter diversos erros (os que você citou e outros), mas fora isso eu adorei. Espero que na segunda temporada a netflix apoie mais, afinal, merecedor!

    http://born-towrite.blogspot.com.br/

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